A estátua do rei D. José I na praça do comércio
A estátua foi idealizada pelo engenheiro militar Eugénio dos Santos (um dos homens que desenhou a baixa pombalina) em 1759, que mesmo tendo algumas dificuldades, pois não era escultor, fez a vontade ao Marquês de Pombal.E este terá sido um dos seus últimos desenhos antes de morrer (1760).
A obra teve parada de 1759 a 1770, já que a prioridade estava a construir a Rua Augusta e não a estátua. Em 1770, o Marquês coloca em concurso a execução desta obra que é ganho por Machado de Castro.
Apesar desta composição artística lhe ter trazido muitas amarguras, pois como artistas não teve autorização de criar/compor ao seu gosto quase nada, foi finalmente inaugurada em a 6 de Junho de 1775, aquando no aniversário do rei, que assistiu à festa desde uma das janelas da praça do comércio. Machado de Castro não foi convidado.
Da autoria de Machado de Castro é o baixo relevo que está no pedestal e que alegoricamente representa Lisboa de rastos (depois de terramoto de 1755), amparada pelo governo/pelo Marquês de Pombal e que vai ser reconstruída com a ajuda da "generosidade régia", dos cofres de estado e através da arquitectura.
Fazem ainda parte deste conjunto escultórico um elefante, que simboliza o triunfo, um (2º) cavalo que representa a fama e um medalhão do próprio Marquês de Pombal.
A história deste medalhão também é intrigante:
O autor deste foi Machado de Castro, que foi muito criticado pela sua execução pois o estadista não gostou de se ver. O medalhão esteve aqui desde 1775 a 1777, pois em 1777 o Marquês é afastado do governo, vai para Pombal, e retira-se o medalhão. Diz-se então que o marquês terá dito que não tinha qualquer importância pois ele não gostava de se ver. Em substituição colocaram-se as armas de Lisboa. Actualmente, o medalhão regressou ao local de origem e já ali está desde 1833.
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